quinta-feira, março 10

Um Belo Monte de problema

Em 1975 foi iniciado os estudos de inventário hidrelétrico da bacia hidrográfica do rio Xingu, que ainda em projeto, levantou duas fortes partes: a dos ambientalistas, índios e leigos amadores da natureza versos o Estado, visando necessidades de energia futura.     A hidrelétrica Belo Monte, prevê a construção de uma barragem principal no Rio Xingu, a água será desviada por canais de derivação que formarão o reservatório dos canais, onde terá uma vazão reduzida em decorrência do desvio dos canais.  Neste trecho de Vazão Reduzida estima-se que este ira manter  um nível mínimo de água, variável ao longo do ano. Que será controlado, e tem como finalidade assegurar a navegabilidade do rio e condições satisfatórias para a vida aquática.
 
Os contrários defendem que a construção da hidrelétrica irá provocar a alteração do regime de escoamento do rio, com redução do fluxo de água, afetando a flora e fauna locais e introduzindo diversos impactos socioeconômicos. A obra irá inundar permanentemente os igarapés Altamira e Ambé, que cortam a cidade de Altamira.A vazão da água a jusante do barramento do rio em Volta Grande do Xingu será reduzida e o transporte fluvial até o Rio Bacajá  será interrompido(  único meio de transporte para comunidades ribeirinhas e indígenas chegarem até Altamira). 

A alteração da vazão do rio, ira mudar  o  ciclo ecológico da região , que está condicionado ao regime de secas e cheias. A obra  gerara  regimes hidrológicos distintos para o rio. A região permanentemente alagada deverá impactar na vida de árvores, no qual as raízes irão apodrecer sendo estas  base da dieta de muitos peixes. Além disto, muitos peixes fazem a desova no regime de cheias, portanto, estima-se que na região seca haverá a redução nas espécies de peixes, impactando na pesca como atividade econômica e de subsistência de povos indígenas e ribeirinhos da região. Inconformados os índios fazem protestos e participam de reuniões, mas estão certos que o projeto será concluído, Um kayapó ben jor (líder grande) disse algo para não esquecer: “Essa barragem mata o rio, matando o rio, mata a gente também. Então, vamos morrer lutando”.Um exemplo dessa revolta foi durante um encontro para apresentar projeto de aproveitamento da hidrelétrica de Belo Monte no rio Xingu,onde índios ameaçavam engenheiro da Eletrobrás, até que um deles o atingiu no braço. 

Por um lado  a obra geraria milhares de empregos, por outro, ao final dela, restariam poucos postos para trabalho, consequentemente o que levaria a população que se instalou na região ao envolvimento com o desmatamento, pois não há vocações econômicas desenvolvidas na região.

Conclui-se que a construçao de Belo Monte não será um bom projeto pois é possivel perceber que a pordutividade de  Belo Monte será menor comparando com outras , precisando instalar muito mais máquinas, porém irá  produzir menos energia relativamente. Vai ter menos energia do que nas outras hidrelétricas e com preço similar (estima-se em 30 milhões de reais),e ocupará cinco municípios do Pará, com isso ela(a construção) tem mais pontos negativos socioeconômicos e ambientais do que seu próprio objetivo.

A última informação que temos, é que a Justiça Federal no Pará determinou a suspensão da licença de instalação parcial que permitia o início das obras do canteiro da usina. Segundo o Ministério Público Federal, a decisão também impede o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de transferir recursos financeiros ao consórcio Norte Energia.

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