terça-feira, março 29

Água e Desenvolvimento


PAULO RODRIGUES VIEIRA, DIRETOR DA AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (ANA)

As comemorações do Dia Mundial da Água, ensejam, a cada ano, oportunidade de se refletir sobre esse recurso essencial para a vida e o desenvolvimento.

Embora o Brasil tenha uma situação privilegiada no cenário mundial, contando com cerca de 12% das reservas globais de água doce, sua distribuição não é homogênea no território, apresentando enorme variação espacial e temporal, o que exige diferentes abordagens para o seu aproveitamento.

Do ponto de vista da geração de energia elétrica de origem hidráulica, o país se destaca pelo alto percentual da modalidade em sua matriz energética, valendo-se da extensa rede de transmissão que se estende por todo o país, que interliga os diferentes empreendimentos hidrelétricos e permite a operação integrada dos reservatórios existentes, num processo de alta complexidade e de grande eficiência, possibilitando ganhos significativos decorrentes do aproveitamento das diferenças sazonais e geográficas. 

Por outro lado, questões relativas ao abastecimento, principalmente das grandes cidades, tem exigido, por vezes, transposições de água entre bacias hidrográficas, no sentido de disponibilizar água nos locais, nas quantidades e nos momentos requeridos por essas atividades. A rigor, é mais difícil e oneroso transportar água do que energia. No entanto, não menos necessário. Podem ser elencados o sistema de transposição do rio Paraíba do Sul para o Sistema Guandu, responsável por cerca de 90% do abastecimento da Região Metropolitana do Rio de Janeiro e o sistema de transposição da Região Hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, conhecido como Sistema Cantareira, que responde por cerca de 50% do abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo.

O que é comum nos exemplos citados, tanto de energia como de abastecimento de água, é que não há uma percepção clara do consumidor de onde vem esses recursos e como são equacionados os sistemas que os fazem chegar até o usuário final. Isso ocorre tanto no caso da energia elétrica - em todo o país - como no caso do abastecimento de água nas regiões metropolitanas, fazendo com que as intrincadas operações desses sistemas se constituam em bastidores silenciosos do desenvolvimento.

A compreensão desse quadro parece fundamental para que se temperem as grandes polêmicas que tem se instalado em torno dos empreendimentos de geração de energia elétrica que vem sendo concebidos na Amazônia, a exemplo das hidrelétricas do rio Madeira e do rio Xingu, e mesmo aqueles referentes à transposição das águas do rio São Francisco para o semiárido nordestino.

Nesse sentido, a consideração dos grandes empreendimentos atualmente em operação e que hoje trazem enormes benefícios a milhões de brasileiros poderia oferecer um novo olhar para os projetos e as obras hoje tão criticadas.

Fonte: http://arquivos.ana.gov.br/imprensa/artigos/20110323_%C3%81gua%20e%20desenvolviment1.pdf

segunda-feira, março 28

Projetos irão beneficiar rios mineiros

Foram aprovados, nesta semana, durante a 30ª reunião ordinária do Grupo Coordenador do Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais (Fhidro), oito projetos que irão beneficiar as bacias dos rios Paraopeba, Paraibuna, Verde Grande, a sub-bacia do Ribeirão dos Burros e a bacia do Riacho da Ponte.

De acordo com o analista ambiental do Grupo Coordenador, Emerson Schneider, os projetos aprovados, depois de colocados em prática, tendem a melhorar a qualidade ambiental desses cursos d’água, pois muitos estão voltados para o tratamento de esgoto.

A Companhia de Saneamento Municipal de Juiz de Fora (Cesama) teve dois projetos aprovados que têm como objetivo a recuperação ambiental do rio Paraibuna. Um deles receberá recursos da ordem de R$ 700 mil, sendo R$ 626 mil repassados pelo Fhidro e o restante será a contrapartida da Companhia. De acordo com a proposta, será feito cadastro das redes coletoras por meio de um programa caça-esgoto a fim de identificar os lançamentos feitos na rede pluvial. Além disso, será desenvolvido um projeto executivo de engenharia focado nas redes separadoras absolutas aquelas que recebem, exclusivamente, esgoto e atividades de educação ambiental com a população de cerca de 70 mil habitantes.


O outro projeto da Cesama recebeu aporte de R$ 458 mil, sendo R$ 412 mil via Fhidro e o restante como contrapartida da Companhia. A proposta é reduzir o lançamento de esgoto sanitário in natura no curso d’água por meio de interceptação e envio para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) União Indústria. Para isso, será necessário elaborar um projeto executivo de engenharia de uma estação elevatória de esgoto.

Outro projeto aprovado foi o da Associação de Patrimônio Histórico, Artístico e Ambiental de Belo Vale (APHAA-BV). O aporte de R$ 398 mil, sendo R$ 330 mil oriundos do Fhidro será usado na recuperação de 30 nascentes e em programa de educação ambiental.

Já o projeto Zoneamento e Educação Ambiental para o uso adequado das águas na Sub-Bacia do Ribeirão dos Burros, também em Juiz de Fora foi proposto pelo Programa de Educação Ambiental (Prea) e foi orçado em R$ 217 mil. Desse total, R$ 150 mil serão repassados pelo Fhidro, o restante será contrapartida do Prea. O objetivo é realizar diagnóstico socioambiental, fazer levantamento de vegetação e qualidade da água por nove meses e com isso implantar e disponibilizar banco de dados georreferenciados com informações físicas, bióticas e socioeconômicas da bacia.

Também foi aprovado o projeto proposto pela Prefeitura Municipal de Verdelândia que prevê a revitalização do trecho do rio Verde Grande que passa pelo município. O objetivo é realizar um inventário florestal de toda a Área de Proteção Permanente (APP), que ocupa área de 184 hectares. Será feita averbação de reserva legal em 67 propriedades e o cercamento da APP, com previsão de 37 quilômetros de cerca. Será feito o reflorestamento de 35% da mata ciliar com plantio de cerca de 50 mil mudas. Serão construídos, ainda, 91 módulos sanitários para a população que mora no entorno do projeto com previsão de construção de fossa séptica. Para executar o projeto serão gastos R$ 1, 43 milhão, sendo que R$ 1,18 milhão oriundos do Fhidro.

A prefeitura de Monte Sião também receberá recursos do Fundo para colocar em prática o projeto de recuperação e preservação dos recursos naturais visando o desenvolvimento sustentável da bacia do Riacho da Ponte, afluente do rio São Francisco. Serão gastos R$ 388 mil, sendo R$ 344 mil via Fhidro e o restantes como contrapartida da prefeitura. Pelo programa, serão cercadas sete nascentes e construídas 120 bacias de captação de enxurradas, recuperados 45 hectares de mata ciliar e de topo de morro, além da estabilização de 20 vossorocas na região. Paralelamente, será desenvolvido um trabalho de educação ambiental com produtores rurais.

Outro projeto focado em saneamento aprovado foi o da Associação dos Municípios Micro da Região do Vale do Paraibuna (Ampar). O objetivo é elaborar projetos de engenharia em nível executivo de sistemas de esgotamento sanitário para dez municípios pertencentes à bacia do Rio Paraibuna. O projeto, orçado em R$ 656  mil, receberá R$ 297 mil do Fhidro e o restante como contrapartida do Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Ceivap).

O último projeto aprovado na reunião foi proposto pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) para estruturação, implantação e manutenção, por 24 meses, do Centro de Operação do Radar Meteorológico de Minas Gerais. O Instituto ficará responsável por montar o centro de operação na Cidade Administrativa de Minas Gerais (CAMG). A central irá operar o radar, adquirido pela e instalado em Mateu Leme, na Grande BH. O equipamento fará a previsão meteorológica do estado e a prevenção de enchentes. O recurso repassado ao projeto é da ordem de R$ 3 milhões, sendo R$ 2, 64 milhões repassados pelo Fhidro e R$ 400 mil como contrapartida do Igam.


Fundo 

O Fhidro é um Fundo Público Estadual de Minas Gerais que tem por objetivo dar suporte financeiro a projetos e programas que promovam a racionalização do uso da água e a melhoria dos cursos d’água. Criado em 1999, o Fundo foi regulamentado em 2006 pelo Decreto 44.314 e pela resolução 542 da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), posteriormente revogada pela Resolução Conjunta SEMAD/IGAM 813.

O Fundo é subsidiado pelo orçamento do estado, pela transferência de fundos federais, por retornos de encargos e valor principal de financiamentos do próprio fundo e, principalmente, pela cota de 50% destinada ao estado a título de compensação financeira por áreas inundadas por reservatórios para a geração de energia elétrica, entre outras fontes.

Desde a abertura do Fundo para recebimento e análise de projetos, em 2006, até agora, foram aprovados 102 projetos que visam à melhoria da qualidade das águas no Estado, totalizando um investimento de R$ 187.683.506,98  milhões. Dados do Fhidro mostram que, dos projetos aprovados, 57 são provenientes da bacia do São Francisco, 16 do rio Grande, 10 do rio Doce, cinco do Jequitinhonha, dois do Paraíba do Sul, um do Pardo, um do Leste, um do Paranaíba e nove projetos de abrangência estadual.


Ana Carolina Selema
Ascom/ Sisema 


sexta-feira, março 25

Algumas curiosidades sobre a água


1. Somente 70% do planeta Terra está coberto de água. Mas, apenas 3% desse total é de água doce e grande parte dessa água (2%) esta congelada.

2. Num período de 100 anos, uma molécula de água passa 98 anos no oceano, 20 meses em forma de gelo, 02 semanas em lagos e rios e menos de uma semana na atmosfera.

3. As gotas de chuvas não tem forma de lágrimas. Usando câmaras de alta velocidade os cientistas comprovaram que ela tem forma achatada de uma esfera.

4.O corpo humano adulto é composto de aproximadamente 55% do seu peso em água. Nós humanos, precisamos ingerir em torno de dois litros de água por dia.

5. Uma pessoa pode sobreviver, mais ou menos, um mês sem alimentar-se, mas sem água ela sobrevive no máximo sete dias.
6. Grande parte da água que consumimos diariamente provem dos alimentos. Um tomate tem em torno de 95% do seu peso composto de água. As maçãs também tem uma alta concentração de água (85%), o espinafre (91%) e as batatas-inglesas (80%).

7. Engenheiros da Universidade da Florida criaram uma superfície plana que não se umedece, as gotas de água rolam sobre ela mas não a molha. Para conseguir esse feito foi necessário reproduzir em plástico a forma e os padrões de diminutos pelos que crescem iguais aos contidos nos corpos das aranhas, que foram programadas para estarem sempre secas.

8. São necessários 450 litros de água para se produzir um ovo de galinha, 7.000 litros para refinar um barril de petróleo cru e 148.000 litros para fabricar um automóvel.

9. Na Universidade de Tóquio foi desenvolvido um material chamado água elástica a partir de uma mistura de duas gramas de argila, matéria orgânica e água natural. Esse material é ideal para fabricar medicamentos e para reparar tecidos.

10. A urticaria aquagênica é uma forma muito rara de reação alérgica a água. Existe somente uns trinta casos na literatura médica e se acredita que é devido a presença de um antígeno – substância que ativa o sistema imune – hidrosolúvel. Em contato com a água o antígeno se dissolve, atravessa a pele e faz com que as células de defesa liberem histamina, provocando o aparecimento de urticaria, coceiras e outros sintomas alérgicos.

Energia Hidrelétrica

A energia hidrelétrica é a obtenção de energia elétrica através do aproveitamento do potencial hidráulico de um rio. Para que esse processo seja realizado é necessária a construção de usinas em rios que possuam elevado volume de água e que apresentem desníveis em seu curso.

A força da água em movimento é conhecida como energia potencial, essa água passa por tubulações da usina com muita força e velocidade, realizando a movimentação das turbinas. Nesse processo, ocorre a transformação de energia potencial (energia da água) em energia mecânica (movimento das turbinas). As turbinas em movimento estão conectadas a um gerador, que é responsável pela transformação da energia mecânica em energia elétrica.

Normalmente as usinas hidrelétricas são construídas em locais distantes dos centros consumidores, esse fato eleva os valores do transporte de energia, que é transmitida por fios até as cidades.

A eficiência energética das hidrelétricas é muito alta, em torno de 95%. O investimento inicial e os custos de manutenção são elevados, porém, o custo do combustível (água) é nulo.



Atualmente, as usinas hidrelétricas são responsáveis por aproximadamente 18% da produção de energia elétrica no mundo. Esses dados só não são maiores pelo fato de poucos países apresentarem as condições naturais para a instalação de usinas hidrelétricas. As nações que possuem grande potencial hidráulico são os Estados Unidos, Canadá, Brasil, Rússia e China. No Brasil, mais de 95% da energia elétrica produzida é proveniente de usinas hidrelétricas.

Apesar de ser uma fonte de energia renovável e não emitir poluentes, a energia hidrelétrica não está isenta de impactos ambientais e sociais. A inundação de áreas para a construção de barragens gera problemas de realocação das populações ribeirinhas, comunidades indígenas e pequenos agricultores. Os principais impactos ambientais ocasionados pelo represamento da água para a formação de imensos lagos artificiais são: destruição de extensas áreas de vegetação natural, matas ciliares, o desmoronamento das margens, o assoreamento do leito dos rios, prejuízos à fauna e à flora locais, alterações no regime hidráulico dos rios, possibilidades da transmissão de doenças, como esquistossomose e malária, extinção de algumas espécies de peixes.

quarta-feira, março 23

Plano Nacional de Recursos Hídricos


No processo de elaboração do PNRH (Plano Nacional de Recursos Hídricos) são adotadas as definições, diretrizes e princípios estabelecidos principalmente na Constituição Federal, na Lei 9.433/97 e na lei de criação da Agência Nacional de Águas (9.984/00), bem como nas resoluções do Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH. Configura-se como um processo técnico e político, conduzido de forma progressiva e em permanente aperfeiçoamento, almejando sempre a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades. Nesse sentido os setores usuários da água vêm contribuindo na sua elaboração, ajudando na construção de um planejamento estratégico dos recursos hídricos que procura identificar experiências que apontem para o uso múltiplo das águas mas, também, conflitos atuais e potenciais que ressaltem a necessidade de um diálogo construtivo. Adotando como fundamento essa elaboração participativa, o PNRH pretende ser um instrumento estratégico e implementável, que contribua para a consolidação dos objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos, assegurando à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos seus usos. Portanto, o Plano pode ser visto como um pacto entre esses atores, estabelecendo diretrizes e estratégias para a gestão dos recursos hídricos.

sábado, março 19

SEMANA DA AGUA EM MINAS GERAIS

Uma série de atividades está sendo programada para a comemoração do Dia Mundial da Água (22 de março), em Minas Gerais. A abertura da Semana, no Estado, será realizada no dia 20/03, em São Lourenço, sul de Minas, em parceria com a prefeitura do município. Na programação, destaca-se a entrega do Plano Estadual de Recursos Hídricos
 
No dia 22, às 9h, acontecerá em Belo Horizonte a reunião do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH). Dentre os assuntos a serem apresentados e deliberados estão os Planos Diretores das Bacias Hidrográficas dos Rios Mogi-Pardo e Araçuaí.
Em Poços de Caldas, nos dias 23 e 24, os representantes dos comitês de bacias hidrográficas de Minas Gerais se encontrarão para celebrar a data e discutir ações prioritárias para 2011. Nesse encontro serão lançados a Rede Mineira de Bacias Hidrográficas e o livro ‘Expedição Mucuri’, além de empossados os novos membros do CBH Mogi-Pardo.

No Norte de Minas, o Núcleo Regional Norte do Igam e parceiros irão promover, entre os dias 19 e 23, oficinas de maquetes para a construção de modelos tridimensionais de bacias hidrográficas. Podem participar, gratuitamente, alunos de ensino médio, graduação, educadores e produtores rurais da região. No dia 22, o Igam irá expor no Parque Municipal de Montes Claros, durante todo o dia, os trabalhos da Instituição e da oficina de maquetes.



Fonte: http://redemineira.igam.mg.gov.br/blog/semana-da-agua-2011/ 
por Caroline Correia

A REALIDADE DA ÁGUA...JÁ NÃO EXISTE MAIS EM MUITOS LUGARES NO MUNDO

                                            Delhi - India. Todos querem apenas um pouco de água...

                                Dois sudaneses bebem água do pântanos com tubos plásticos, especialmente concebidos para este fim, com filtro para filtrar as larvas flutuantes responsáveis pela enfermidade da lombriga de Guiné.

Os glaciais que abastecem a Europa de água potável perderam mais da metade do seu volume
no século passado. Na foto, trabalhadores da estação de esquí do glacial de Pitztal, na Austria, cobrem o glacial com uma manta especial para proteger a neve e retardar seu derretimento durante os meses de verão...


               As águas do delta do rio Niger são usadas para defecar, tomar banho, pescar e despejar o lixo.

         As águas do delta do rio Niger são usadas para defecar, tomar banho, pescar e despejar o lixo.


VALORIZE A ÁGUA!
EM ALGUNS LUGARES ELA JÁ NÃO EXISTE MAIS...


Fonte http://sosriosdobrasil.blogspot.com/
Colaboração enviada por Cecília Mamede - Taubaté - SP

quinta-feira, março 17

Gestão de Recursos Hídricos terá mais recursos

4/3/2011

Publicado no Diário Oficial da União do dia 1º de março, o Decreto nº 7.445/2011, que estabelece o cronograma de desembolso do Poder Executivo para este exercício, garante à Agência Nacional de Águas (ANA) aproximadamente R$ 160 milhões oriundos das receitas da cobrança pelo uso de recursos hídricos do setor elétrico. 

A diferença no orçamento anual ANA vai permitir o incremento de ações voltadas ao fortalecimento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh) para a implementação dos instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos, o que beneficia também a gestão nos estados.  Ações voltadas à prevenção de eventos críticos, como secas e cheias; a retomada do Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas (Prodes); o avanço no Programa Produtor de Água, uma modalidade de pagamento por serviços ambientais; a modernização da Rede Hidrometeorológica Nacional, entre outros, fazem parte do plano de investimento dos recursos advindos do setor elétrico.

A publicação do decreto atualizou o anexo IV da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Lei nº 12.309/2010, incluindo as despesas relativas à aplicação das receitas da cobrança pelo uso de recursos hídricos para aproveitamento dos potenciais hidrelétricos entre aquelas que não podem sofrer contingenciamento.

Além dessa receita, já estão assegurados os recursos advindos da cobrança pela derivação ou captação de água para consumo final; pelo lançamento de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não; e por outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente em um corpo d’água. Esses recursos são integralmente transferidos para as bacias hidrográficas onde foram arrecadados, para aplicação em projetos priorizados pelos próprios comitês de bacia.

Fonte: http://www2.ana.gov.br/Paginas/imprensa/noticia.aspx?id_noticia=9196

Desmatamento na Amazônia tem queda recorde e é o menor em 23 anos

Floresta perdeu área de 6.451 km² entre 2.009 e 2.010, segundo INPE. Número representa queda de 13,6% sobre estimativa do ano passado.

Do Globo Amazônia, em São Paulo e Brasília.

O ritmo do desmatamento da Amazônia alcançou seu menor nível desde 1.988, batendo novo recorde em relação ao ano passado. Mesmo assim, a devastação da floresta entre 2.009 e 2.010 derrubou uma área de 6.451 km², maior que o território do Distrito Federal, em Brasília, que mede 5.802 km².

Segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (1°), o dado mais recente de desmatamento na Amazônia representa redução de 13,6% em relação à área devastada no ano passado, quando 7.008 km² de mata foram derrubados.
A área desmatada no bioma é a menor desde 1.988, quando as estastísticas começaram a ser feitas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que divulga nesta quarta o desmatamento anual computado pelo Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes).

Data de publicação pelo site:01/12/2010

http://busca.globo.com/Busca/g1/?query=recursos+hidricos

quarta-feira, março 16

Riqueza brasileira

Quando o assunto é recursos hídricos, o Brasil é um país privilegiado. O território brasileiro detém 20% de toda a água doce superficial da Terra. A maior parte desse volume, cerca de 80%, localiza-se na Amazônia.

É naquela região desabitada que está a maior bacia fluvial do mundo, a Amazônica, com 6 milhões de quilômetros quadrados, abrangendo, além do Brasil, Bolívia, Peru, Equador e Colômbia. A segunda maior bacia hidrográfica do mundo, a Platina, também está parcialmente em território brasileiro.

Mas a nossa riqueza hídrica não se restringe às áreas superficiais: o aqüífero Botucatu/Guarani, um dos maiores do mundo, cobre uma área subterrânea de quase 1,2 milhão de quilômetros quadrados, 70% dos quais localiza-se em território brasileiro. O restante do potencial hídrico distribui-se de forma desigual pelo país. Apesar de tanta riqueza, as maiores concentrações urbanas encontram-se distantes dos grandes rios, como o São Francisco, o Paraná e o Amazonas.


Assim, dispor de grandes reservas hídricas não garante o abastecimento de água para toda a população.

Governo de Minas comemora Semana das Águas 2011

A Semana das Águas, evento promovido pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) , começa neste domingo (20 de março) e será realizado em São Lourenço e Poços de Caldas, no Sul de Minas, e em Belo Horizonte. O objetivo é apresentar ações, projetos e resultados da gestão dos recursos hídricos do Estado, em comemoração ao Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março.

O evento terá início em São Lourenço às 10h00 do dia 20 de março e conta com a parceria da prefeitura da cidade. Durante a cerimônia será apresentado o Plano Estadual de Recursos Hídricos, documento que define critérios, ações e programas para melhoria da quantidade e da qualidade das águas nos rios de Minas.

Na ocasião também será entregue a Comenda Ambiental Estância Hidromineral de São Lourenço, prêmio que visa agraciar empresas, entidades e personalidades que se destacaram no cenário mineiro e nacional pelo desenvolvimento de projetos, programas e ações de proteção, conservação da água e sustentabilidade do país.

Já no dia 22, às 9h00, acontece em Belo Horizonte a 68ª Reunião Ordinária do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH), onde serão discutidos assuntos relativos à gestão dos recursos hídricos de Minas, incluindo os planos diretores das bacias dos rios Mogi-Pardo e Araçuaí.

Em Poços de Caldas, no dia 23 de março, ocorre a cerimônia de abertura do Fórum Mineiro de Comitês de Bacias Hidrográficas. Estão previstos no evento os lançamentos da Rede Mineira de Comitês, espaço virtual para troca de informações sobre gestão dos recursos hídricos, e do livro “Expedição do Mucuri”. A publicação relata uma viagem exploratória pelo Rio Mucuri e seus 17 afluentes com o objetivo de levantar a situação ambiental e cultural da região. Ainda nesta data tomarão posse os membros do comitê Mogi-Pardo.

segunda-feira, março 14

Gestão de recursos hídricos terá mais recursos

Publicado no Diário Oficial da União do dia 1º de março, o Decreto nº 7.445/2011, que estabelece o cronograma de desembolso do Poder Executivo para este exercício, garante à Agência Nacional de Águas (ANA) aproximadamente R$ 160 milhões oriundos das receitas da cobrança pelo uso de recursos hídricos do setor elétrico. 

A diferença no orçamento anual da ANA vai permitir o incremento de ações voltadas ao fortalecimento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh) para a implementação dos instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos, o que beneficia também a gestão nos estados.  Ações voltadas à prevenção de eventos críticos, como secas e cheias; a retomada do Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas (Prodes); o avanço no Programa Produtor de Água, uma modalidade de pagamento por serviços ambientais; a modernização da Rede Hidrometeorológica Nacional, entre outros, fazem parte do plano de investimento dos recursos advindos do setor elétrico.

A publicação do decreto atualizou o anexo IV da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Lei nº 12.309/2010, incluindo as despesas relativas à aplicação das receitas da cobrança pelo uso de recursos hídricos para aproveitamento dos potenciais hidrelétricos entre aquelas que não podem sofrer contingenciamento.

Além dessa receita, já estão assegurados os recursos advindos da cobrança pela derivação ou captação de água para consumo final; pelo lançamento de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não; e por outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente em um corpo d’água. Esses recursos são integralmente transferidos para as bacias hidrográficas onde foram arrecadados, para aplicação em projetos priorizados pelos próprios comitês de bacia.
 
NOTA DA ÁGORA:
  • Mexer em gastos publicos ainda mais sendo recursos hidricos...muitos vão reclamar, mas agora é esperar pra ver o que vai acontecer

sexta-feira, março 11

POLUIÇÃO DE UM RECURSO VITAL E FINITO PARA OS SERES-VIVOS

Vivemos hoje com diversos problemas ambientais, dentre estes problemas se inclui a poluição da água que é um bem vital para todos os seres-vivos ou seja, sem água sem vida. Nós seres humanos somos a causa dessa poluição e cada vez mais poluímos tudo ao nosso redor e dessa forma a água será mais escassa.
Há continentes que sentem a falta da água potável, como a África, o que leva o homem ao estado de desespero, não só os homens mas aos pobres animais que vivem em rios ou mares e sofrem com seus habitats invadidos pela poluição.
A falta desse recurso será a causa principal para que haja conflitos entre potências.  O planeta é nosso lar, sem ele não temos possibilidade de vida. 71% dele é constituído por água, mas apenas 0,61% é água doce, dessa forma temos que dar mais valor a questão de preservar este recurso que é vital para a sobrevivência de todos.
Entre as diversas consequências das poluições da água causada hoje podemos destacar :
-          Substâncias tóxicas lançadas em rios e mares que atingem os animais e vegetais aquáticos chegando a matá-los, sendo que os animais e vegetais atingidos contaminam o homem, criando também causadores de doenças ( dengue, malária, febre amarela e etc).
-          Acidez nos mares que estão afetando corais dentre outras espécies , os quais estão sendo muito prejudicados, pois não sobrevivem com o aumento dos níveis de CO2, o que leva também ao Aquecimento Global.

quinta-feira, março 10

Um Belo Monte de problema

Em 1975 foi iniciado os estudos de inventário hidrelétrico da bacia hidrográfica do rio Xingu, que ainda em projeto, levantou duas fortes partes: a dos ambientalistas, índios e leigos amadores da natureza versos o Estado, visando necessidades de energia futura.     A hidrelétrica Belo Monte, prevê a construção de uma barragem principal no Rio Xingu, a água será desviada por canais de derivação que formarão o reservatório dos canais, onde terá uma vazão reduzida em decorrência do desvio dos canais.  Neste trecho de Vazão Reduzida estima-se que este ira manter  um nível mínimo de água, variável ao longo do ano. Que será controlado, e tem como finalidade assegurar a navegabilidade do rio e condições satisfatórias para a vida aquática.
 
Os contrários defendem que a construção da hidrelétrica irá provocar a alteração do regime de escoamento do rio, com redução do fluxo de água, afetando a flora e fauna locais e introduzindo diversos impactos socioeconômicos. A obra irá inundar permanentemente os igarapés Altamira e Ambé, que cortam a cidade de Altamira.A vazão da água a jusante do barramento do rio em Volta Grande do Xingu será reduzida e o transporte fluvial até o Rio Bacajá  será interrompido(  único meio de transporte para comunidades ribeirinhas e indígenas chegarem até Altamira). 

A alteração da vazão do rio, ira mudar  o  ciclo ecológico da região , que está condicionado ao regime de secas e cheias. A obra  gerara  regimes hidrológicos distintos para o rio. A região permanentemente alagada deverá impactar na vida de árvores, no qual as raízes irão apodrecer sendo estas  base da dieta de muitos peixes. Além disto, muitos peixes fazem a desova no regime de cheias, portanto, estima-se que na região seca haverá a redução nas espécies de peixes, impactando na pesca como atividade econômica e de subsistência de povos indígenas e ribeirinhos da região. Inconformados os índios fazem protestos e participam de reuniões, mas estão certos que o projeto será concluído, Um kayapó ben jor (líder grande) disse algo para não esquecer: “Essa barragem mata o rio, matando o rio, mata a gente também. Então, vamos morrer lutando”.Um exemplo dessa revolta foi durante um encontro para apresentar projeto de aproveitamento da hidrelétrica de Belo Monte no rio Xingu,onde índios ameaçavam engenheiro da Eletrobrás, até que um deles o atingiu no braço. 

Por um lado  a obra geraria milhares de empregos, por outro, ao final dela, restariam poucos postos para trabalho, consequentemente o que levaria a população que se instalou na região ao envolvimento com o desmatamento, pois não há vocações econômicas desenvolvidas na região.

Conclui-se que a construçao de Belo Monte não será um bom projeto pois é possivel perceber que a pordutividade de  Belo Monte será menor comparando com outras , precisando instalar muito mais máquinas, porém irá  produzir menos energia relativamente. Vai ter menos energia do que nas outras hidrelétricas e com preço similar (estima-se em 30 milhões de reais),e ocupará cinco municípios do Pará, com isso ela(a construção) tem mais pontos negativos socioeconômicos e ambientais do que seu próprio objetivo.

A última informação que temos, é que a Justiça Federal no Pará determinou a suspensão da licença de instalação parcial que permitia o início das obras do canteiro da usina. Segundo o Ministério Público Federal, a decisão também impede o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de transferir recursos financeiros ao consórcio Norte Energia.

sexta-feira, março 4

Shell quer usar tecnologia que pode contaminar águas subterrâneas para extrais gás de uma região da África do Sul

A Shell quer usar uma tecnologia intensiva que pode contaminar as águas subterrâneas para extrais gás de uma região semi desértica da África do Sul, mas executivos da gigante internacional do petróleo disseram nesta quinta que as pessoas que vivem na área não serão deixadas sem água.

A proposta está apenas nos estágios iniciais, mais já atraiu tanta oposição – incluindo ameaças de processos – que o alto escalão da Shell teve de sentar-se com os repórters do país para tentar inspirar confiança.

O chefe de exploração internacional da empresa, Graham Tiley, assumiu que o uso da fratura hidráulica para extração do gás requer grande quantidade de água. Ele afirmou que a Shell irá cavar poços ou trazer água do mar para evitar a competição pela escassa água que há com os residentes de Karoo, no oeste do país, onde predominam atividades pastoris e a criação de ostras, e que ostenta uma paisagem muito bonita.

A tecnologia conhecida como fratura hidráulica está por trás do boom do gás natural nos EUA, onde foram levantados questionamentos acerca de seus impactos.

O presidente da Shell na África do Sul, Bonang Mohale disse nesta quinta-feira que a profundidade dos poços cavados pela empresa e as camadas de aço e concreto co que será revestidos vão garantir que a água não seja contaminada.

“Há ao menos três barreiras físicas”, afirmou ele. “Estamos fazendo tudo que é possível com o que a tecnologia permite hoje.”

A fratura hidráulica envolve o bombeamento profundo de água misturada a areia e produtos químicos no solo para forçar o gás natural a se desprender do xisto. A técnica já é aplicada há algumas décadas, mas recentemente tem sido objeto de escrutínio por conta de seu crescente uso nos EUA, particularmente quando os poços são cavados em áreas muito povoadas.

Os resíduos do processo consistem em enormes quantidades de água carregadas com sal e vestígios de produtos químicos, alguns dos quais podem causar câncer se ingeridos em quantidade alta.

O fracionamento também libera bário, encontrado em depósitos de minério no subsolo, e que pode causar pressão alta.

Tiley disse que a Shell iria trabalhar com as autoridades locais para garantir que os resíduos sejam dispostos em segurança.

O gás natural é visto como um combustível relativamente barato e limpo. A Shell tem usado o fracionamento para extração na América do Norte, Europa e Ásia, e está prospectando desde 2009 o que seria o primeiro projeto do gênero na África.

“Achamos que há boas chances de encontrarmos gás em Karoo”, afirmou Tiley, logo acrescentando não saber dizer o quanto e nem o custo do processo de extração.

A Shell tem de prestar contas sobre os impactos ambientais e outras questões antes que possa começar a explorar e determinar onde o fracionamento seria comercialmente viável no África do Sul.

É improvável, segundo Tiley e Mohale, que a prospecção começe antes do final do ano que vem, e pode levar anos para que se saiba se os investimentos são viáveis ou não.
Ecodebate

Comentário da Ágora:

Como é bonito ver a participação de uma empresa em cuidar do meio ambiente, não é mesmos? Infelizmente nem sempre multinacionais cumprem com rigor o que prometem, e acabam destruindo tudo em volta com o objetivo de arrecadar capital.

Sinceramente tenho minhas duvidas, por mais que exista fiscalização dos governos e de agencias mundiais, sabemos que todas, em sua maioria, fazem vista grossa para o que acontecem. Não espero com esse meu comentario mudar a cabeça de ninguem, mas quero mesmo é refletir sobre algumas ações:


  • Será mesmo que a Shell vai preservar com cuidado essas aguas que podem vir a ser contaminadas?
  • O que ela fará com essa agua do mar caso ela esteja contaminada?
  • O que vai acontecer com a população que depende dessa agua pra sobreviver se uma tragégda ambiental ocorrer?
Realmente senhores, essas perguntas eu me faço, até teria uma repsosta para cada uma delas, mas não seriam a real. O que quero deixar, é uma pequena reflexão, sobre quais os efeitos que se pode causar ao abrir espço para uma atividade que não temos real prova que nada aconteça para danificar os recusos hidricos.

quinta-feira, março 3

ANA reúne autoridades de recursos hídricos de 25 estados

                                             Créditos: Raylton Alves / Banco de Imagens ANA
A Agência Nacional de Águas reúne hoje  (01/03), durante todo o dia, autoridades de Recursos Hídricos de 25 estados do País, no Hotel Saint Paul, em Brasília. O objetivo do encontro é apresentar aos recém empossados secretários de recursos hídricos, e aos gestores estaduais, o atual diagnóstico da implementação do sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e propor o aprofundamento da gestão integrada, descentralizada e democrática do uso das águas, conforme prevê a Lei 9.433/97.

De acordo com o diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, o aporte adicional de R$ 160 milhões no orçamento deste ano Agência vai permitir melhorar o investimento no fortalecimento do Sistema Nacional de Recursos Hídrico. O incremento no orçamento se deve ao fato de que este ano, pela primeira vez desde 2004, recursos advindos da Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos não vão sofrer contingenciamento.

O ministro interino do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, e o secretário Nacional de Recursos Hídricos, Silvano Silvério e os integrantes da diretoria colegiada da ANA participaram da abertura do encontro.

A ANA já lançou dez planos de recursos hídricos de bacias interestaduais, que correspondem a 51% do território. Nos estados, há 11 planos de recursos hídricos de bacias estaduais prontos e mais dez estão sendo elaborados. Incorporar esses estudos aos orçamentos dos governos estaduais e do governo federal é um dos desafios dos sistema, destacou Andreu ao abrir a reunião.

Em sua apresentação sobre o diagnóstico da implementação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, Paulo Varela, diretor da ANA, falou sobre a evolução histórica da gestão dos recursos hídricos no Brasil, desde o lançamento do código das Águas, em 1934, até aprovação do Plano Nacional de Recursos Hídricos, em 2006, e apresentou alguns resultados da implementação dos instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos.

Varela fez um balança dos avanços e desafios. Segundo ele, já existem 14 Sistemas Estaduais Informação de Recursos Hídricos e 13 estão sendo implantados. Com relação à cobrança pelo uso da água, 16 bacias estaduais e quatro interestaduais já aplicam este instrumento de gestão. Ele destacou que todos os estados já possuem leis de recursos hídricos, mas chamou a atenção para o fato de que os estados precisam fortalecer suas instituições.

O objetivo da ANA é promover encontros periódicos com os gestores estaduais. A parte da tarde foi reservada ao debate sobre situação da gestão dos recursos hídricos nos estados.

Fonte: http://www2.ana.gov.br/Paginas/imprensa/noticia.aspx?id_noticia=9180 
Mais notícias : http://www2.ana.gov.br/Paginas/imprensa/noticias.aspx

Gestão brasileira de recursos hídricos.

O Brasil possui um grande potencial hídrico, isso não há como duvidar. O país possui a mais extensa malha hidrográfica do planeta, 55.457 km2 de rios - o que corresponde a 1,66% da superfície do planeta - com uma vazão anual média de 160.000 m3/s. Seu potencial hidrológico corresponde a 12% de toda a água doce existente no planeta (53% de toda a água doce superficial da América do Sul) para utilização imediata. Este montante equivale a aproximadamente 8.233 km3/ano (se considerarmos influência da vazão total da bacia amazônica). Estes valores colocam o país em primeiro lugar mundial em riqueza hídrica, à frente, respectivamente, de Rússia Estados Unidos da América, Canadá e China.

No entanto que faz do Brasil, um país que possui aproximadamente 20% de sua população sem acesso à água potável? Tatiana de Oliveira Takeda, professora da Pontíficia Universidade Católica de Goiás - PUC/GO busca um caminho de raciocínio, que aponta a má gestão dos recursos hídricos como a causa da falha existente na distribuição dos recursos hídricos no País:

"Quer dizer que os problemas hidrológicos e a falta de abastecimento perene ou sazonal em algumas regiões do país não são fruto da inexistência ou indisponibilidade de água doce, mas sim de má gestão e de questões envolvendo interesses políticos e econômicos."

É revoltante ver um recurso de suma importância ser tratado com tanto descaso.

Confira esse artigo mais detalhado no Jornal Jurid:
http://jornal.jurid.com.br/materias/noticias/gestao-brasileira-recursos-hidricos

Mecanismos de Defesa dos Recursos Hidricos

Já sabemos estatisticamente que não há falta de água na terra, no entanto muito se discute acerca de sua utilização. Mas o que há de concreto sobre o adequado aproveitamento da água? Quais são os mecanismos de defesa existentes? Eles realmente existem e são efetivamente utilizados?
Vamos lá, vejamos quais são as ações empregadas no âmbito de gestão das águas:
 Vou me ater a esse último item, referente à legislação, que é ampla e já existe a algum tempo. No entanto, antes dos anos 70 a legislação pertinente à matéria tratava apenas da maneira como os recursos naturais deveriam ser utilizados. Por algum tempo prevaleceu a tese de que era preciso desmatar para desenvolver, tese esta utiliada ainda hoje como argumento para amparar aqueles que se beneficiam com o desmatamneto. Inclusive, no que concerne ao desmatamento da amazônia, os dados mostram que no Brasil, só em 2005 foram 18.793km² de áreas desmatadas, sendo que uma das principais causas é a extração de madeira, na maior parte ilegal. Diante desse contexto e devido ao impacto negativo da atividade humana sobre o meio ambiente, apartir de 1972 surge a preocupação não mais apenas com a utilização, mas também com os meios de proteção ambiental. 
              A Política Nacional do Meio Ambiente, estabelecida pela lei 6938/81, tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental. A CR/88 vem em seu art. 225 ratificar esses objetivos apartir do estabelecimento dos princípios do direito ambiental:
 "Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações"( Art. 225, caput).
                Atualmente há um vasto arcabouço legislativo voltado para a proteção do meio ambiente como um todo, mas devemos  nos ater aos recursos hídricos, foco de nossa discussão. Nesse sentido, podemos citar  inicialmente a LEI Nº 9.433, DE 8 DE JANEIRO DE 1997, que Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, a qual proponho analisarmos na  próxima postagem.

terça-feira, março 1

Recursos Hídricos subterrâneos

Água subterrânea é toda a água que ocorre abaixo da superfície da Terra, preenchendo os poros ou vazios intergranulares das rochas sedimentares, fraturas, falhas e fissuras das rochas compactas, e que sendo submetida a duas forças (de adesão e de gravidade) desempenha um papel essencial na manutenção da umidade do solo, do fluxo dos rios, lagos e brejos.
Cerca de 97% da água doce disponível para uso da humanidade encontra-se no subsolo, na forma de água subterrânea. Vantagens da água subterrânea em relação as águas superficiais: 
  • São mais protegidas da poluição;
  • O custo de sua captação e distribuição é muito mais barato. A captação pode ser próxima da área consumidora, o que torna mais barato o processo de distribuição;
  • Em geral não precisam de nenhum tratamento, o que, além de ser uma grande vantagem econômica, é melhor para a saúde humana;
  • Permitem um planejamento modular na oferta de água à população, isto é, mais poços podem ser perfurados à medida que aumente a necessidade, dispensando grandes investimentos de uma única vez.


LINK:

A água pode acabar?

Não! A água é um recurso natural renovável, o fato de a água acabar é mero senso comum. O que realmente vai acontecer é que a água potável, aquela que podemos  usar, pode diminuir drasticamente, mas  a água continuara existindo.

Veja o ciclo a baixo:


Esse é um simples ciclo da água que ilustra o processo de evaporação da água em um ciclo normal, considere esse ciclo utópico, hoje muitos dos ciclos naturais das águas já foram mudados, por uma serie de fatores antropicos.

O que podemos expor é que a medida que vamos destruindo matas ciliares, aumentando a emissão de poluentes e o efeito estufa evaporar mais água dos rios, mais essa água doce vai desaparecer indo pro mares, impedindo assim seu consumo e aumentando os níveis dos mares, provocando também um serio problema na vida marinha.

Infelizmente os problemas não são desligados, um problema leva a outros milhares, afetando toda a cadeia e formas de vidas existentes, prova disso também é o aumento de doenças transmitidas por pela água, um desses fatores são as enchentes nas cidades.

Não basta agora medias governamentais, como dizem muitos estudiosos, deve-se começa do micro pra depois expandir para o macro, então cabe a conscientização de nós em encarar uma realidade.